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domingo, setembro 04, 2011

TEORIA DO X E Y

 



McGregor é mais conhecido pelas teorias de motivação X e Y. A primeira assume que as pessoas são preguiçosas e que necessitam de motivação, pois encaram o trabalho como um mal necessário para ganhar dinheiro. A segunda baseia-se no pressuposto de que as pessoas querem e necessitam trabalhar. Um argumento contra as teorias X e Y é o fato de elas serem mutuamente exclusivas. Para o contrapor, antes da sua morte, McGregor estava desenvolvendo a teoria Z, que sintetizava as teorias X e Y nos seguintes princípios: emprego para a vida, preocupação com os empregados, controle informal, decisões tomadas por consenso, boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos da hierarquia, entre outros.

TEORIA DOS DOIS FATORES - HERZBERG

 




  A Teoria dos dois fatores foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, a partir de entrevistas feitas com 200 engenheiro e contadores da indústria de Pittsburgh. Estas procuravam identificar quais as consequências de determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos entrevistados, visando a determinar os fatores que os levaram a se sentirem excepcionalmente felizes e aqueles que os fizeram sentir-se infelizes na situação de trabalho.

 Fatores Higiênicos: Ou fatores extrínsecos, pois se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrange  as condições dentro das quais elas desepenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos são: o salário, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, as condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa, o clima de relações entre a empresa e as pessoas que nela trabalham, os regulamentos internos, etc. São fatores de contexto e  se situam no ambiente externo que cercam o indivíduo. Contudo, de acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação e, quando a elevam, não conseguem sustenta-la elevada por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados.

  Fatores Motivacionais: Ou fatores extrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o indivíduo executa. Assim sendo, os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores motivacionais envolvem os sentimentos de crescimento individual, de reconhecimento profissional e as necessidades de autoreavaliação e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho.

  Os estudos de Herzberg levaram a conclusão que os fatores que influíam na prodição de satisfação profissional éram desligados e distintos dos fatores que levaram a insatisfação profissional. Assim, os fatores que causavam satisfação estão relacionados a própria tarefa, relações com o que ele faz, reconhecimento pela realização da tarefa, natureza da tarefa, responsabilidade, promoção profissional e capacidade de melhor executá-la. Por outro lado, constatou-se que os fatores causadores de insatisfação são fatores ambientais, isto é, externos à tarefa, tais como: tipo de supervisão recebida no serviço, natureza das relações interpessoais, condição do ambiente onde o trabalho executado e finalmente o próprio salário.

MASLOW E A TEORIA DAS NECESSIDADES



  Abraham Maslow foi um psicólogo comportamental, membro da Human Relations School, em finais da década de 50. Abraham Maslow nasceu em Brooklyn, licenciou-se em Wisconsin e doutorou-se na Universidade de Columbia, onde também trabalhou no departamento de investigação. No Jardim Zoológico de Bronx, estudou o comportamento dos primatas e, entre 1945 e 1947, foi diretor-geral da Maslow Cooperage Corporation. Em 1951, lecionava Psicologia Social na Universidade de Brandeis. Maslow ficou conhecido pelo desenvolvimento da Teoria da Motivação Humana.

  Maslow sugeriu que muito do comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos. Quando uma necessidade, em particular se torna ativa, ela pode ser considerada um estímulo à ação e uma impulsionadora das atividades do indivíduo. Essa necessidade determina o que passa a ser importante para o indivíduo e molda o seu comportamento como tal. Na teoria de Maslow, portanto, as necessidades se constituem em fontes de motivação.

A Hierarquia das Necessidades de Maslow: Pirâmide de Maslow
O comportamento humano é explicado por Maslow através de cinco níveis de necessidades. Estas necessidades são dispostas em ordem hierárquica, desde as mais primárias e imaturas (tendo em vista o tipo de comportamento que estimulam) até as mais civilizadas e maduras.

Na base da pirâmide, encontra-se o grupo de necessidades que Maslow considera ser o mais básico e reflexivo dos interesses fisiológicos e de sobrevivência. Este é o nível das necessidades fisiológicas, que estimulam comportamentos caracterizados pelo verbo ter.

 O segundo nível da hierarquia é constituído por uma série de necessidades de segurança. Quando a segurança é obtida, surgem as necessidades de pertencer a grupos, associar-se a outras pessoas, ou seja, de se igualar. Estas necessidades são chamadas de sociais ou de associação. O passo seguinte na escala de necessidades é o da estima ou de “status”. Neste ponto, as necessidades de destaque, proeminência, reconhecimento e admiração por parte do grupo são manifestadas por ações que buscam diferenciar.

 Embora as necessidades de estima sejam difíceis de serem superadas, dada sua dependência à receptividade de terceiros, Maslow sugere que em alguns casos elas podem ser adequadamente satisfeitas, liberando assim os indivíduos para atingir o nível mais alto da hierarquia. Quando isto ocorre, as necessidades de maximizar as potencialidades e de testar a própria capacidade farão com que as ações do indivíduo sejam dirigidas em busca do vencer. Este é o nível das necessidades mais maduras e construtivas da hierarquia de Maslow, conhecidas como necessidades de auto-realização.

Necessidades Fisiológicas
As necessidades fisiológicas são bem óbvias e geralmente, se referem a requisitos para a sobrevivência do indivíduo ou da sua espécie. Alguns exemplos desta categoria são:
  • Alimentação
  • Respiração
  • Reprodução
  • Descanso
  • Abrigo
  • Vestimenta
  • Homeostase

Necessidades de segurança

As necessidades de segurança referem-se à estabilidade ou manutenção do que se tem. Dentre as necessidades de segurança podemos exemplificar:
  • Segurança física pessoal
  • Segurança financeira
  • Saúde e bem-estar
  • Rede de proteção contra imprevistos

Necessidades de Associação

Depois que as necessidades fisiológicas e de segurança são atendidas, a terceira camada da pirâmide de Maslow fala de das necessidades de associação, que se referem às necessidades do indivíduo em termos sociais.

 As necessidades de associação incluem aspectos que envolvem relacionamentos baseados na emoção, pois seres humanos precisam sentir-se aceitos e fazendo parte de algo. Alguns exemplos destas necessidades são:
  • Amizade
  • Intimidade
  • Convivência social
  • Família
  • Organizações Sociais
  A ausência destes elementos torna as pessoas suscetíveis à solidão, ansiedade e depressão. Muitas vezes a necessidade destes elementos pode, através da pressão dos pares, sobrepor às necessidades psicológicas e de segurança. Um exemplo disse seria alguém que se expõe de maneira perigosa financeiramente, buscando justamente a aprovação afetiva de seus pares.

 
Necessidades de Estima

Após alcançar as necessidades fisiológicas, de segurança e de associação, o ser humano passa a perseguir a necessidade de estima, ou de ser respeitado em busca de auto-estima e auto-respeito. A estima é um desejo humano de ser aceito e valorizado por si e pelos outros. Note que neste caso não é apenas a busca de uma aceitação de um grupo e sim do reconhecimento pessoal e do grupo da sua contribuição e importância dentro dele.

 Quando não se consegue atingir esta necessidade, aparece a baixa estima e o complexo de inferioridade.


Necessidade de Auto-Realização

 Este é o último patamar da pirâmide de Maslow e as pessoas para terem esta motivação é necessário que as outras tenham sido satisfeitas. Esta necessidade se refere à motivação para realizar o potencial máximo do ser, ou seja, o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser, explorando suas possibilidades. Este pode ser considerado a motivação maior e a única verdadeiramente satisfatória para a natureza humana.

Análise Crítica da Hierarquia das Necessidades de Maslow:
 Embora esta referência seja amplamente utilizada, podemos observar que as necessidades humanas descritas por Maslow podem ser consideradas motivações humanas, ou seja, são as diversas necessidades que fazem com que o homem tenha motivação para agir.

 No entanto, é bastante questionável o fato de que exista uma hierarquia de tais necessidades.

 É evidente que a necessidade de alimentação, vestuário, abrigo é em grande parte a motivação para o trabalho. No entanto, não é correto afirmar que somente no momento em que estas necessidades estão satisfeitas é que o homem passará a outros patamares da pirâmide.

 Não é rara a existência de pessoas que abrem mão das suas necessidades básicas em função de um sonho, de uma auto-realização, pervertendo totalmente o sentido hierárquico da pirâmide.






Teoria Humanista

ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO

 A abordagem humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas nos EUA, a partir da década de 1930. Ela surgiu graças ao desenvolvimentp das ciências sociais e da Psicologia do Trabalho.

 A Teoria das Relações Humanas surgiu nos EUA como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorner, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores.

Origens da Teoria das Relações Humanas:
- A necessidade de se humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos da Teoria Clássica.
-  O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente da psicologia voltada para as organizações.
-  As conclusões da Experiência de Hawthorner, realizada entre 1927 e 1932, sob coordenação de Elton Mayo colocou em cheque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração.

A Experiência de Hawthorner

Antes da realização da experiência de Hawthorner Mayo conduziu uma pesquisa em uma indústria têxtil com elevadísima rotatividade de pessoal, em média 250% ao ano e que havia tentado inutilmente vários esquemas de incentivo salarial. Mayo introduziu um intervalo de descanso, delegou aos operários a decisão sobre horários de produção e contratou uma enfermeira. Em pouco tempo, surgiu um espírito de grupo, a produção aumentou e a rotatividade diminuiu.

Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos EUA fez uma pesquisa para verificar a correlação entre produtividade e iluminação, ainda dentro da Administração Ciêntifica.

Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisa iniciou uma experiência na fábrica Hawthorner da Western Electric Company, situada em Chicago, para avaliar a corelação entre iluminação e a eficiência dos operários medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo que acabou observando a fadiga, acidentes de trabalho, rotatividade do pessoal e ao efeito das condições de trabalho sobre produtividade do pessoal. Foi observado também variáveis de natureza psicológica, que não foi possível eliminar e nem neutralizar.

Primeira Fase da Experiência:

Na primeira fase da experiência foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: Um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Os observadores não encontraram correlação direta entre ambas as variáveis, mas verificaram a existência de uma variável difícil de ser isolada, denominada fator psicológico: os operários reagiam a experiência de acordo com suas suposiões pessoais.

Segunda Fase da Experiência:

A segunda fase da experiência iniciou em 1927, quando foi criado um grupo de observação de 5 mulheres elas montavam relés, enquanto uma sexta operária fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do outro grupo ( de controle) por uma divisão de madeira. Os equipamentos de trabalho eram iguais. O grupo experimental tinha um supervisor, assim como o grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala e observava o trabalho e assegurava o espírito de cooperação das moças. Elas foram exclarecidas quanto a pesquisa e seus objetivos de determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho. A pesquisa com o grupo experimental foi dividida em 12 períodos:

1º Período: Durou duas semanas. Foi estabelecida a capacidade produtiva em condições normais de trabalho que passou a ser comparada com os demais períodos.

2º Período: Durou cinco semanas. O grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo-se as condições e o horário de trabalho normais e medindo o ritmo de produção. Serviu para verificar o efeito da mudança do local de trabalho.

3º Período: Modificou-se o sistema de pagamento. No grupo de controle havia o pagamento por tarefas. Os grupos eram numerosos compostos por mais de cem mulheres, as variações de produção eram diluídas na produção e não se refletiam no salário individual. Já o grupo experimental como ele era pequeno os esforços individuais repercutiram diretamente no salário. Esse período durou 8 semanas e foi verificado um aumento de produção.

4º Período: Início de mudanças no trabalho, foi introduzido um intervalo de 5 min de descanso no período da manhã e outro igual no período da tarde. Verificou-se outro aumento de produção.

5º Período: Os intervalos de descanso foram aumentados para 10 min e mais uma vez houve aumento da produção.

6º Período: Foi introduzido 3 intervalos de 5 min na manhã e 3 à tarde. A produção não aumentou, havendo queixa por causa da quebra do ritmo de trabalho.

7º Período: Voltou-se a dois intervalos de 10 min em cada período servindo lanches leves. A produção aumentou novamente.

8º Período: Mesmas condições do período anterior, e o grupo experimental passou a trabalhar até às 16h30min e não até as 17h, como o grupo de controle. Houve acentuado aumento da produção.

9º Período: O grupo experimental passou a trabalhar até as 16h. A produção permaneceu igual.

10º Período: O grupo experimental voltou a trabalhar até as 17h e a produção voltou a aumentar.

11º Período: Estabeleceu-se a semana de 5 dias, com o sábado livre. A produção diária do grupo experimental voltou a subir.

12º Período: Voltou-se às mesmas condições do 3º período, retirando todos os benefícios. Esse período durou 12 semanas e a produção atingiu um índice jamais alcançado.

A experiência trouxe as seguintes conclusões:

- As moças gostavam de trabalhar na sala de provas por que era divertido e a supervisão era branda.
- Ambiente amistoso e sem pressão, a conversa era permitida o que aumentava a satisfação.
- Não havia temor do supervisor pois ele era um orientador.
- Houve um desenvolvimento social do grupo, as mulheres se tornaram amigas.
- O grupo desenvolveu objetivos comuns.

Terceira Fase da Experiência:

Com as diferenças de atitudes entre as mulheres os pesquisadores se afastaram do objetivo inicial de verificar as condições físicas de trabalho e passaram a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho. O grupo de controle se sentia humilhado com a supervisão constrangedora. Apesar de ser uma empresa aberta eles pouco sabiam sobre os fatores determinantes das atitudes das operárias em relação a supervisão, aos equipamentos de trabalho e à própria organização. Sendo assim em 1928 iniciou-se o Programa de Entrevistas com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sgestões a respeito do treinamento dos supervisores. O programa foi bem recebido entre todos e por isso foi criada a Divisão de Pesquisa Industrial e foi ampliado o programa de entrevistas para todos os funcionários anualmente. O programa de entrevistas revelou a existência da organização informal dos operários a fim de se protegerem contra o que percebiam como ameaças da Administração. Essa organização informal manifesta-se por meio de:

a) Padrões de produção que os operários julgam ser a produção normal;
b) Práticas não-formalizadas de punição social que o grupo aplica aos operários que excedem os padrões e são considerados sabotadores.
c) Expressões que fazem transparecer a insatisfação quanto aos resultados dos sistema de pagamentos por produção.
d) Liderança informal de alguns operários que mantêm o grupo unido e assegura o respeito pelas regras de conduta.
e) Contentamentos e descontentamentos com relação às atitudes superiores a respeito do comportamento dos operários.

Quarta Fase da Experiência:

Foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala e um entrevistador do lado de fora entrevistava o grupo. Essa experiência visava analisar a organização informal dos operários.
 O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo. Os salários só podiam ser maiores se a produção total aumentasse. Sendo assim o grupo passou a usar de artimanhas, assim que montavam oque eles julgavam ser a produção normal eles diminuiam o ritimo de trabalho. Os operários passaram a apresentar sentimento de solidariedade. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro. Essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e a formal da fábrica.

Conclusões da Experiência:

A experiência proporcionou o delineamento dos princípios básicos da escola das relações humanas. Suas conclusões são:

- Nível de Produção Resultante da Integração Social:  é a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não a sua capacidade de executar movimentos eficientes.

- Comportamento Social dos Empregados: Os trabalhadores não agem ou reagem como indivíduos mas como membros de um grupo. A qualquer desvio ele irá sofrer punições sociais ou morais dos colegas. Por isso o funcionário não pode ser tratado de forma individual.

- Recompensas e Sansões Sociais: O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais e está sujeito a perder o respeito do grupo.

- Grupos Informais: A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais que nem sempre estão de acordo com os propósitos da organização formal. Os grupos informais definem suas regras de comportamentos, formas de recompensas ou sanções sociais, objetivas, escala de valores sociais, crenças e expectativas que cada participante assimila e passa a fazer.

- Relações Humanas: As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e atitude do outro. As pessoas se adaptam ao grupo pois querem ser compreendidas e aceitas.

- Importância do Conteúdo do Cargo: Ao trocar de lugar os operários foi observado que havia aumento da moral do operário contrariando a crença da Teoria Clássica. Trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo sua satisfação e eficiência.

- Ênfase nos Aspectos Emocionais: Os elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da Teoria das Relações Humanas.

sexta-feira, agosto 05, 2011

BEM VINDOS!!!!

Dia 08 de agosto vamos iniciar um novo semestre.
Vamos ter novos desafios, novas conquistas...
Aos meus antigos alunos o meu carinho e aos novos alunos o meu desejo de que esse semestre seja o melhos de todos!

Esse Blog é feito para vocês, aqui podemos trocar idéias e ir além da sala de aula.
Fiquem a vontade para opinar ele é de vocês!

Grande Beijo

Marinice Figueiró

quinta-feira, junho 30, 2011

VAGAS ABERTAS!!

Estamos com algumas oportunidades de emprego, se você se interessar ou se tiver alguém para indicar envie seu currículo para marinice.maxpetrh@hotmail.com.

- VAGA PARA TÉCNICO QUÍMICO
   Vaga para trabalhar em uma fábrica de tintas em Igarassu.
   Conhecimento na área de tintas, curso técnico completo.

- VAGA PARA COORDENADOR DE PRODUÇÃO
   Vaga para trabalhar em uma fábrica de tintas em Igarassu.
   Conhecimento na área de tintas.

- VAGA PARA ANALISTA DE RH JUNIOR
   Experiência em DP.
   Formação em Psicologia
  
- VAGA PARA EXPEDIÇÃO
   Fábrica de Préforma no Cabo
  Ensino Médio Completo
  Conhecimento na área.

- VAGAS PARA A PRODUÇÃO
   Fábrica de Pré Forma no Cabo
  Ensino Médio Completo
 

quarta-feira, junho 08, 2011

Amigos vamos ser (Alta Qualidade) MAIS HOMENAGENS




RECEBI ESSA LINDA MÚSICA DO MEU ALUNO DE PG1C NOITE DARLAN, E GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS!
OBRIGADA PELO CARINHO!

UMA HOMENAGEM A MINHA TURMA DE MARKETING 1 B







AOS MEUS QUERIDOS ALUNOS DE MKT 1 B NOITE
O MEU MUITO OBRIGADA!
AMO VOCÊS!

UMA AJUDINHA PARA AS PROVAS TEMA 7

CULTURA ORGANIZACIONAL


RESPOSTA PARA DOIS PROBLEMAS:

- ADAPTAÇÃO AO AMBIENTE EXTERNO
- INTEGRAÇÃO INTERNA

       A compreensão da cultura é a forma de analisar como os grupos interagem interna e externamente.
       O estudo da cultura visa compreender os elementos visíveis e invisíveis de uma organização.
      Os novos funcionários devem entender a cultura da empresa e se moldar a ela para que possam "sobreviver" dentro da empresa.
       A cultura na empresa se divide em sub-culturas conforme a empresa se departamentaliza.
      
      OS ELEMENTOS MAIS COMUNS DA CULTURA ORGANIZACIONAL

       - VALORES: A filosofia da empresa.
       - HISTÓRIAS E MITOS: Contos ou histórias reais ou não narrados por funcionários da empresa.
       - CRENÇAS: O que é tido como verdadeiro.
       - CERIMÔNIA E RITOS: festas oferecidas pela empresa que se tornam tradição.
       - HERÓIS: Pessoas que fazem ou fizeram história dentro da empresa.
       - TABUS: Tudo que é tido como não permitido.
       - NORMAS: Regras que guiam o comportamento dos funcionários.
       - SÍMBOLOS: Tudo que lembre a empresa logomarca, cores.

CONTRUÇÃO DA CULTURA

       Os costumes e as tradições se iniciam com os fundadores da organização, são eles a força criadora da cultura.
       É DIVIDIDO EM 3 ETAPAS:

       - 1º ETAPA: Só é contratado funcionários que pensem como os fundadores.
       - 2ª ETAPA: Doutrinação dos funcionários.
      - 3ª ETAPA: O comportamento do fundador é uma referência para os funcionários.

terça-feira, junho 07, 2011

UMA AJUDINHA PARA AS PROVAS TEMA 6

ESCOLA JAPONESA


       O Japão foi arrasado na segunda guerra mundial e por ser escasso em recursos naturais sobrevive através de importações de produtos. Nessa época sua indústria era deficiente e produzia bens de baixa qualidade.
       A presença de consultores americanos, como Deming, levou ao Japão melhoras na sua indústria.
       Segundo Deming era preciso ter FOCO NO CONSUMIDOR, IMPORTÂNCIA DE SE PENSAR PREVENTIVAMENTE e NECESSIDADE DE ENVOLVER A ALTA ADIMINISTRAÇÃO.
       A prática dos ensinamentos da Qualidade em pouco tempo ameaçam as indústrias ocidentais.
       Deming juntamente com Shewhart desenvolveu o CICLO PDCA, PLAN, DO, CHECK E ACTION.
       Corrente de Clientes criada por Deming: CADA ETAPA ANTECEDENTE SERVE A ETAPA SEGUINTE COM A LÓGICA DE QUE A ETAPA SEGUINTE É O SEU CLIENTE NO PROCESSO.

          IDEIAS ORIENTAIS X IDEIAS OCIDENTAIS

JUST IN CASE ( EMPURRA ) X JUST IN TIME (PUXA)

VERTICALIZAÇÃO NA PRODUÇÃO X PRODUÇÃO ENXUTA

POUCA PREOCUPAÇÃO COM O DESPERDÍCIO X PREOCUPAÇÃO COM O DESPERDÍCIO

ALTA QUALIDADE = PREÇOS ALTOS X ALTA QUALIDADE COM PREÇOS JUSTOS

SEM ENVOLVIMENTO DA ALTA ADM. X COM O ENVOLVIMENTO DA ALTA ADM.


PILARES DO SISTEMA TOYOTA

- ELIMINAÇÃO DE DISPERDÍCIO
- FABRICAÇÃO COM QUALIDADE
- PARTICIPAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS


O MODELO JAPONÊS SE TORNOU UMA REFERÊNCIA PARA TODAS AS EMPRESAS!

 
     

UMA AJUDINHA NAS PROVAS TEMA 5

ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE

       A idéia de qualidade está ligada a EXCELÊNCIA, VALOR, CONFORMIDADE e REGULARIDADE.

          Qualidade não pode ser vista independente dos custos.

          A qualidade deve cumprir adequação de uso: "Quanto mais o produto for capaz de cumprir a finalidade para o qual o cliente pretende utilizá-la mais elevado é a sua qualidade".

          O CLIENTE É O PONTO DE PARTIDA PARA SE DEFINIR QUALIDADE.

           Custos da Qualidade envolve prevenção e avaliação.

           Custos da não qualidade envolve custos internos e externos.

          ERA DA INSPEÇÃO: Observação Indireta do produto pelo consumidor. Produto inspecionado um a um ou aleatóriamente.
          ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO:  Observação direta do produto ao final do processo. Produto inspecionado com base em amostra.
           ERA DA QUALIDADE TOTAL: Produtos definidos com base no interesse do cliente. Observação durante o processo produtivo. Qualidade garantida pelo fornecedor.

          " A QUALIDADE ERA UM TRABALHO DE TODOS E ACABAVA SENDO UM TRABALHO DE NINGUÉM" Feigenbaum

          A É ESTABELECIDA PELO CLIENTE E NÃO PELA DIREÇÃO!


UMA AJUDINHA PARA AS PROVAS!

   Mais uma vez o semestre chega ao fim, junto com ele vem a satisfação de dever cumprido e de saudades!
   Saudades sim, pois cada um de vocês no deixa uma marca, igual aquela que vimos no papel na dinâmica de grupo!
   Cada aluno é uma história, e mais do que ensinamos aprendemos muito com vocês. E ficamos honrados quando encontramos vocês pelo meio da vida e nos deparamos com bons profissionais, bons pais, boas mães, e lembramos que de certa forma ajudamos vocês a conquistarem o futuro, mesmo que tenha sido só um pouquinho.
    Quero deixar aqui, o meu carinho, meu respeito e minha admiração que sempre vou sentir por vocês!
    Obrigada por tudo! Mas  principalmente por fazer parte da minha história!
   

CHEGA DE CHORO VAMOS PARA O RESUMÃO!!!

ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO

       Conceito de Complexidade: é um conjunto de problemas e variáveis presentes em uma situação em grande quantidade. Tudo é complexo em uma empresa. Qualquer situaçãi produz inúmeras causas e produz inúmeros efeitos.
        Na Abordagem Sistêmica para solucionarmos problemas precisamos entender as causas e as variáveis que compõem os prolemas complexos de forma integrada.
        O que é um sistema: é um conjunto de partes ou elementos que compõem um todo. Ex. Sistema de Qualidade, Sistema de Informação, Sistema Político.
        Estrutura do Sistema:
       Input ( Entrada ): Elementos externos de que o Sistema é feito tais como máquinas, processos, funcionários.
       Process: Processos que interligam os componentes e transformam os elementos de entrada em resultados.
        Out Put ( Saída ):  Resultados do Sistema. Ex. Produtos, Recursos.
       
        As organizações são sistemas SOCIOTÉCNICOS.

       AMBIENTE IMEDIATO: Compreende outras organizações, pessoas e fatores que afetam a empresa.
       MACROAMBIENTE: Compreende tecnologias, economia, ecologia, sociedade, etc. é essencial para a estratégia da empresa.

       AMBIENTE ESTÁVEL: As mudanças são lentas e imperceptíveis. A Legislação não se altera. Clientes com comportamento regular e previsível.
      AMBIENTE INSTÁVEL: Altas taxas de mudanças econômicas, concorreência agressiva.

      O papel da administração é adequar o sistema da empresa ao ambiente em que ela está vivendo.

     
       

Turma de PG1 C - Noite



TRABALHO INTERDISCIPLINAR REALIZADO NO MÊS DE MAIO NA FACULDADE IBGM


COMEMORAÇÃO DO MEU ANIVERSÁRIO!
MUITAS EMOÇÕES!

Minha Turma PG1 B - Noite









TRABALHO INTERDISCIPLINAR REALIZADO NO MÊS DE MAIO DE 2011 NA FACULDADE IBGMA.
ESSE TURMA GANHOU O NOME DE SUPERAÇÃO!
PARABÉNS A NOTA É CLARO FOI 10!

Minha Turma de PG1 A - Noite





                  TRABALHO INTERDISCIPLINAR REALIZADO EM MAIO DE 2011 NA FACULDADE IBGM.
PARABÉNS A NOTA NÃO PODERIA TER SIDO OUTRA 10,0!


domingo, junho 05, 2011

Trabalhos realizados pelos alunos

Trabalho Realizados pelos alunos: Chrystian dos Santos Melo e Sérgio Murilo

Gestão de Pessoas

Fatores que Influnciam a Gestão de Pessoas
Segundo França 2008 a psicologia social tem grand einfluência no processo de gestão de pessoas, pois, ela dá atenção especial ao estudo das influências do ambiente físico e da cultura, sobre a forma de ser de cada indivíduo, assim, constata-se que cada pessoa só amadurece se tiver convivência diária com outras pessoas, possibilitando, dessa forma, o desenvolvimento das impressões pessoais, a utilização de uma linguagem comum e capacidade de participação na sociendade.
Constata-se também que as condições e características ambientais de determinado lugar ou região interferem na maneira das pessoas satisfazerem as necessidades.

Gestão de Pessoas no Brasil
Coma vinda da corte portuguesa surgiu os primeiros sistemas artesanais de produção de artefatos e objetos de uso como carroças, arreios e máquinas de farinha no Brasil, e com isso iniciou a administração partindo dos documentos da gestão pública brasileira, nas diretrizes políticas, militares e educacionais.
De acordo com Wood Jr a administração de RH no Brasil ocorreu em 6 períodos. Em 1930, as mulheres e crianças erammão-de-obra frequente e com características de sbemprego altamente precária. De 1930 à 1950, houve o advento da legislação trabalhista com muitas leis e normas que vigoram até hoje. De 1950 à 1960, ocorreu a implantação de numerosas fábricas. Na fase de 1960 à 1980 começaram a surgir os primeiros cargos de gerência de recursos, neste período a gestão pública já se fazia presente e empresas como Petrobrás e Banco do Brasil tiveram papel importante. Entre 1980 a 1990, tornou-se realidade as células de produção, uma revolução silenciosa na forma de produzir nas plantas de fábrica e este mesmo modelo foi transferido para células administrativas.No final dos anos 90, os vetores foram a alta velocidade, qualidade e produtividade, qualificação contínua, emprego com vínculo de fidelidade transitória. 

Modelos de Gestão

Esse semestre solicitei aos meus alunos de Processos Gerenciais que fizessem uma pesquisa sobre Modelos de Gestão, recebi trabalhos maravilhosos e por isso gostaria de compartilhar aqui no meu Blog.

- Trabalho Realizado pelos alunos: Angélica Mendonça, Elianeide Lira, Lutércia Carla, Meryane Santos e Sérgio da turma de PG1C Noite.
   Definição de Modelos de Gestão ( Retirado do Site http://www.administradores.com.br/):
   Modelo vem do latim Modulus que significa Molde, Forma, algo que deve ser seguido.
   Gerir é organizar os recursos financeiros, materiais e humanos de uma instituição através de técnicas adequadas.
    Então, Modelo de Gestão é o gerir através de um exemplo já existente realizando apenas as modificações necessárias para a necessidade de cada organização. Refere-se a forma como as empresas organizam suas atividades com a aplicação de procedimentos, normas e regras alinhados aos valores e às crenças que determinam as escolhas por determinados comportamentos. Desta forma, a gestão da empresa reflete sua cultura organizacional, seus valores, sua visão e missão.
    Administração Japonesa
    -Panorama Social, Político e Econômico do Japão no Período Pós-Guerra:
    O Japão foi praticamento destruído na segunda guerra mundial, a partir dos anos 50 ele começou a se levantar dos destroços e lograr uma façanha que fez inveja a todo o ocidente, construindo num curto espaço de tempo uma indústria e uma economia altamente competitiva. O Japão teve alto investimento para a reconstrução das economias destruídas pela guerra, como os contidos no Plano Marshall. Papel do Estado na economia japonesa é destacado pela contribuição dada pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Uma das principais diretrizes era de informatizar as indústrias. Do ponto de vista social o Japão acabou com os sindicatos por categorias e passou a estimular a criação dos sindicatos por empresas, com o estabelecimento de alguns direitos trabalhistas.
   A criação do sistema de emprego vitalício, não significa que um trabalhador continua trabalhando na mesma empresa por toda a vida. O que devemos entender é que ele pode continuar trabalhando na mesma empresa, se ele não sair voluntariamente nem for demitido por alguma falha, até atingir a idade da aposentadoria compulsória. É um contrato implícito. Isso é feito para manter o turnover baixo, e o trabalhador poderá acumular técnicas específicas da empresa o que contribui para aumentar a produtividade.
   A criação de salários seniores, para facilitar o comprometimento dos trabalhadores mais antigos com a companhia e manter o seu moral elevado enquanto evelhecem, esse sistema tem como principal característica a valorização crescente de salários na proporção direta da idade do emprego.
   Recrutamento e Promoção: Preferência por jovens que não tenham sido treinados por outras empresas, assim ele vai aprender a filosofia da empresa e ser treinado.
   Processo decisório em grupos e coletivismo: Senso de equipe e de cooperação são a chave para qualquer sucesso.  
   CCQ : Círculos de Controle de Qualidade - é definido como sendo um pequeno grupo que voluntariamente executa atividade para melhorar a quantidade e aumentar a produtividade no âmbito de uma tarefa com a finalidade de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da empresa, de respeitar as condições humanas, de conntruir uma vida mais vantajosa e de se elevar o potencial de cada indivíduo.
    Kazen: consiste na busca sistemática de inovação incrementais e radicais dentro do processo de produção.
     Just in Time e Kanbam: A implantação desta filosofia só é possível através do Kanbam, ferramenta de controle de produção e um sistema de informação de "puxar"a produção. Kanbam são anotações visíveis de cartões, símbolos ou painéis que auxiliam a gerência e também os funcionários a organizar e controlar os fluxos e estoques de materiais.
     
   

segunda-feira, março 28, 2011

A Experiência de Hawthorner

    A experiência de Hawthorne teve início em 1927, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, na fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne e sua finalidade era determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários medida através da produção.
   A experiência foi coordenada por Elton Mayo, e estendeu-se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal.
   A direção da fábrica de Western Electric, situada no bairro Hawthorne da cidade de Cicero, Condado de Cook, estado de Illinois, contratou uma equipe de Harvard da qual Elton Mayo - médico especializado em psicopatologia e Fritz Roethlisberger faziam parte para conduzir experimentos relacionando produtividade e condições fisicas de trabalho.  
   Nessa fábrica havia um grande departamento onde moças montavam relés de telefone. A tese era que aumentando a luminosidade, a produtividade também aumentaria. A Western Eletric fabrica equipamentos e componentes telefônicos. Na época, valorizava o bem-estar dos operários, mantendo salários satisfatórios e boas condições de trabalho. A empresa não estava interessada em aumentar a produção, mas em conhecer melhor seus empregados.
    A pesquisa teve 4 fases a Primeira fase foi para analisar o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários, foram escolhidos dois grupos que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sobre intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Os operários se julgavam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava e, o contrário, quando diminuía. Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. Reconhecendo o fator psicológico apenas quanto a sua influência negativa, os pesquisadores pretenderam elimina-lo da experiência, por considera-lo inoportuno. A conclusão (que ficou conhecida como experiência de Hawthorne) é que a produtividade sobe quando há a percepção dos trabalhadores que a direção da empresa dá atenção a eles.
    Na segunda fase foi criado um grupo de observação: cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do departamento (onde estava o grupo de controle) por uma divisão de madeira. O equipamento de trabalho era idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com um contador de peças que marcava a produção em uma fita perfurada. A produção foi o índice de comparação entre o grupo experimental (sujeito a mudanças nas condições de trabalho) e o grupo controle (trabalho em condições constantes). O grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala. Elas foram convidadas para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos seus objetivos: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (período de descanso, lanches, redução no horário de trabalho etc.). Eram informadas dos resultados e as modificações eram antes submetidas a sua aprovação. A pesquisa foi dividida em 12 períodos:

  • 1° período: Durou duas semanas. Foi estabelecida a capacidade produtiva em condições normais de trabalho (2.400 unidades semanais por moça) que passou a ser comparada com os demais períodos.
  • 2° período: Durou cinco semanas. O grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo-se as condições e o horário de trabalho normais e medindo-se o ritmo de produção. Serviu para verificar o efeito da mudança de local de trabalho.
  • 3° período: Modificou-se o sistema de pagamento. No grupo de controle havia o pagamento por tarefas em grupo. Os grupos eram numerosos (mais de cem moças), as variações de produção de cada moça eram diluídas na produção e não refletiam no salário individual. Separou-se o pagamento do grupo experimental e, como ele era pequeno, os esforços individuais repercutiam diretamente no salário. Esse período durou oito semanas. Verificou-se aumento de produção.
  • 4° período: Início da introdução de mudanças no trabalho: um intervalo de cinco minutos de descanso no período da manhã e outro igual no período da tarde. Verificou-se novo aumento na produção.
  • 5° período: Os intervalos de descanso foram aumentados para dez minutos cada, verificando-se novo aumento de produção.
  • 6° período: Introduziu-se três intervalos de cinco minutos na manhã e três à tarde. A produção não aumentou e houve quebra no ritmo de trabalho.
  • 7° período: Voltou-se a dois intervalos de dez minutos, em cada período, servindo-se um lanche leve. A produção aumentou novamente.
  • 8° período: O grupo experimental passou a trabalhar até às 16h30min e não até às 17 horas, como o grupo de controle. Houve acentuado aumento na produção.
  • 9° período: O grupo passou a trabalhar até às 16 horas. A produção permaneceu estacionária.
  • 10° período: O grupo experimental voltou a trabalhar até às 17 horas. A produção aumentou bastante.
  • 11° período: Estabeleceu-se a semana de cinco dias, com sábado livre. A produção diária do grupo experimental continuou a subir.
  • 12° período: Voltou-se às mesmas condições do 3° período, tirando-se todos os benefícios dados, com a aceitação das moças. Esse período durou 12 semanas. Inesperadamente a produção atingiu um índice jamais alcançado anteriormente (3.000 unidades semanais por moça).
     Conclusão desta fase:
   A terceira fase os pesquisadores, fixados no estudo das relações humanas no trabalho, verificaram que, no grupo de controle, as moças consideravam humilhante a supervisão vigilante e constrangedora. Assim, em 1928 iniciou-se o Programa de Entrevistas (Interviewing Program) com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores. O programa obteve sucesso. Foi, então, criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o Programa de Entrevistas. Entre 1928 e 1930 foram entrevistados cerca de 21.126 empregados. Em 1931 adotou-se a técnica da entrevista não diretiva, onde o operário pode falar livremente, sem que o entrevistador desvie o assunto ou tente impor um roteiro prévio. O Programa de Entrevista revelou a existência da Organização Informal dos Operários a fim de se protegerem das ameaças da Administração. Nela, os operários se mantêm unidos através de laços de lealdade.
    Na quarta e última fase para analisar a relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica, foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala e um entrevistador fora entrevistando o grupo. O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo. O salário só poderia ser maior se a produção total aumentasse. O observador pôde notar que os operários dentro da sala usavam uma porção de artimanhas – logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho. Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para estabilizarem sua produção por meio de punições simbólicas.

Conclusões da Experiência de Hawthorne:

Nível de Produção Resultante da Integração Social
O nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado (como afirmava a Teoria Clássica), mas por normas sociais e expectativas grupais. É a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo estabelecido. Quanto maior a integração social do grupo, maior a disposição para trabalhar.
Comportamento Social dos Empregados
Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos. Portanto, a administração não pode tratar os empregados um a um, mas sim como membros de grupos e sujeitos às influências sociais desses grupos. A Teoria das Relações Humanas contrapõe o comportamento social do empregado ao comportamento do tipo máquina, proposto pela Teoria Clássica.
Recompensas e Sanções Sociais
Os precursores da Administração Científica, baseados no conceito de homo economicus, pelo qual o homem é motivado e incentivado por estímulos salariais, elaboravam planos de incentivo salarial, para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais. Para a Teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundária na determinação do rendimento do trabalhador. Para ela, as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades dos grupos sociais nos quais convivem. Daí o conceito de homem social.
Grupos Informais
Enquanto os clássicos se preocupavam com aspectos formais da organização como autoridade, responsabilidade, especialização, estudos de tempos e movimentos, princípios gerais de Administração, departamentalização etc., os autores humanistas se concentravam nos aspectos informais da organização como grupos informais, comportamento social dos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação etc. A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais. Esses definem suas regras de comportamento, formas de recompensas ou sanções sociais, objetivos, escala de valores sociais, crenças e expectativas que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento.
Relações Humanas
As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e atitudes das outras com quem mantém contato. A compreensão das relações humanas permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados e a criação de uma atmosfera na qual cada pessoa é encorajada a exprimir-se de forma livre e sadia.
Importância do Conteúdo do Cargo
A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão de trabalho.Trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo a sua satisfação e eficiência.
Ênfase nos Aspectos Emocionais
Os elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da Teoria das Relações Humanas. Daí a denominação de sociólogos da organização aos autores humanistas.

Texto tirado do livro Teoria Geral da Administração  de Idalberto Chiavenato



  • As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão branda (ao contrário da supervisão de controle rígido na sala de montagem) permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade;
  • Havia um ambiente amistoso e sem pressões, na qual a conversa era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho;
  • Não havia temor ao supervisor, pois este funcionava como orientador;
  • Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam amizades entre si e tornaram-se uma equipe;
  • O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o de aumentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado trabalhar normalmente.

quinta-feira, março 10, 2011

TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA - FAYOL



   Enquanto a Administração Científica era desenvolvida nos EUA, em 1916 surgia na França a Teoria Clássica que se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente. As duas teorias tinham um único objetivo: a busca da eficiência nas organizações.
    Na Teoria da Administrção Científica a eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do operário e no somatório da eficiência individual.
    Já na  Teoria Clássica acreditava-se no todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas.

    A OBRA DE FAYOL

   Henry Fayol ( 1841-1925)
   Fundador da Teoria Clássica, nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, formado em engenharia de minas entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera onde fez a sua carreira. Publicou seu livro Administration Industrieller et Générale em 1916.

   As Funções Básicas da Empresa:


   1. Funções Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
   2. Funções Comerciais: relacionadas com a compra, venda e permutação.
   3. Funções Financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais.
   4. Funções de Segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
   5. Funções Contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
   6. Funções Administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. Elas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa.

HENRY FORD

"Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele."

(Henry Ford)

  Henry Ford foi um grande percursor da Administração Científica, ele iniciou sua vida como mecânico. Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de automóveis que logo depois foi fechada. Em 1903, fundou a Ford Motor Co, sua ideia era popularizar o carro vendendo a preços populares, com garatia de fábrica, revolucionando a estratégia comercial da época.
  Entre 1905 e 1910 ele promoveu a inovação do século XX a PRODUÇÃO EM MASSA!!! Embora ele não tenha inventado o automóvel e nem a linha de montagem, ele inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo.
   Em 1914 já eram fabricados 800 carros por dia, repartiu entre os seus funcionários parte do seu controle acionário, criou salário mínimo e a jornada de 8 horas diárias. Em 1926 já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas. Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desda matéria prima inicial ao produto final acabado.

"Não basta ser ocupado. A pergunta é: estamos ocupados como quê?"

(Henry Ford)

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO

Segundo Chiavenato, Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros. Percebeu que isso levava a diversos métodos para realizar a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas para cada operação. Através de uma análise científica ele pode verificar que existia um método e um instrumento que seria mais adequado para determinado trabalho.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

 Ainda segundo Chiavenato, o nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial.

 Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a Observação e a Mesuração.

 A Escola da Administração científica foi iniciada no começo desse século por Taylor.

A OBRA DE TAYLOR



Frederick Winslow Taylor ( 1856 - 1915), nasceu na Filadélfia, EUA. Iniciou sua carreira na Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre até chegar a engenheiro. Nessa época se pagava por peça ou tarefa, os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, o que fazia com que os operários reduzissem o ritmo de produção. E foi por esse motivo que Taylos começou a estudar o problema de produção.

1. PRIMEIRO PERÍODO DE TAYLOR
Corresponde à época da publicação de seu livro Shop Management ( Administração de Oficinas) em 1903 sobre as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos. Ele iniciou seu estudo com uma análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os. De acordo com Taylos o operário médio produz menos do que é capaz e o operário mais produtivo ao perceber isso se acomoda pois recebe o mesmo salário. Surge a necessidade de se pagar mais para quem produz mais.

O ponto de partida foi a aplicação dos princípios tecnológicos de sua época ao trabalho manual. Ele identificava o trabalho a ser feito, dividia em operações individuais, designava a maneira certa de realizar cada operação, e finalmente reunia as operações na sequência que poderiam ser realizadas mais rapidamente e com maior economia de tempo e movimento.

2.SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR

Corresponde à publicação do seu livro Princípios da Administração Científica em 1911, quando concluiu que a recionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios.

Para Taylor, as Indústrias padeciam de 3 males:

 1.Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção a cerca de um terço do normal, para evitar a redução das tarifaz de salários pela gerência. O que causa isso:
  •   A crença dos operarios de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca desemprego.
  •   O sistema defeituoso que provoca a ociosidade no trabalho.
  •   Os métodos utilizados que fazem com que os operários desperdicem esforço e tempo.
 2. O fato da gerência desconhecer as rotinas de trabalho.
 3. Falta de uniformidade das técnicas.

Para acabar com esses problemas Taylor criou a Administração Científica, é uma evolução e não uma teoria, onde tem 75% de análise e 25% de bom senso. Para ele a implantação deve ser gradual leva um período de 4 a 5 anos, para evitar alterações bruscas.






quarta-feira, fevereiro 23, 2011

ABORDAGEM CLÁSSICA

ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Síntese do Livro Teoria Geral da Administração de Idalberto Chiavenato

No início do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos em Administração.
Frederick Winslow Taylor : Escola da Administração Científica, preocupado em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário.
Henry Fayol: Teoria Clássica, preocupado em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas.
As idéias de Taylor e Fayol constituem as bases da Abordagem Clássica da Administração.
Escola da Administração Científica
Foi desenvolvida nos EUA a partir dos trabalhos de Taylor. A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional. É uma abordagem de baixo para cima, do operário para o gerente, e das partes para o todo. Atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão.
Teoria Clássica
Foi desenvolvido na França com os trabalhos de Henry Fayol. A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização ( Departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Ela é inversa a Administração Científica de cima para baixo, da direção para a execução e do todo para as partes.